Do ponto de vista simbólico, o lado Esotérico do Natal diz respeito ao Cristo Cósmico, ou seja, o movimento do Sol da Meia-Noite (ele quem guia o Iniciado). Porque, o Sol físico nada mais é que um símbolo do Sol Espiritual, isto é, o Cristo-Sol. Porquanto, “todas as religiões da antigüidade celebravam o Natal”, simbolizado pela adoração não apenas do Sol físico (Jesus, o homem), mas especialmente a devoção pelo Sol Espiritual (Cristo, o divino). Percebe-se que o Natal é a história do Drama Cósmico (espírito-matéria) relacionado com o acontecimento solar, amplamente abordado por Arthur E. Powell na sua obra: O Sistema Solar que revela o plano de evolução da humanidade neste sistema em que vivemos, coordenado pelo Logos Solar ou Cristo-Sol.
Devemos entender o Cristo tal qual é, não apenas como uma pessoa, como um indivíduo. O Cristo está mais além da Personalidade, do Eu e da Individualidade. Pois, Cristo em esoterismo autêntico é o Logos, o Logos Solar (Sol-Deus) representado pelo Sol. Agora compreendemos porque os incas adoravam o Sol, os Nahuas lhe rendiam culto, os Maias, os Egípcios, os Hindus, etc. Não se trata da uma mera adoração do Sol físico, mas ao que se oculta atrás deste símbolo físico; obviamente, adorava-se o Logos Solar, o Segundo Logos (bastante citado pela Doutrina Secreta). Este Logos Solar é unidade múltipla perfeita, tal variedade é a unidade por trás de todas as coisas. No mundo do Cristo Cósmico a individualidade separada não existe; no Senhor somos todos Um; somos todos João; ali todos somos Buda. Porquanto, no mundo do Logos não existe individualidade separada, ou seja, não há a falsa noção de separação (Ego). Não existe o Eu + o Outro, porém uma só Coisa.
Em outras palavras, Jesus de Nazaré, como homem – ou melhor dizendo, Jeshua – recebeu a iniciação Venusta, encarnou o Cristo, mas não é o único a ter recebido tal iniciação (Hermes Trimegisto, João Batista, etc.) que consegue a encarnação do Cristo Cósmico em si mesmo, dentro de sua própria natureza.
Ademais, a cidade de Belém representa o mundo interior do homem, precisamente nesse estábulo interior moram os animais do desejo, as paixões, os vícios, todos os “Eus” passionais que habitam nossa psique que devem ser eliminados por esse Fogo Sagrado, advindo da Iniciação Venusta – a força cristica deve realizar a Grande Obra dentro de nós. Todo simbolismo relacionado com o nascimento de Jesus é alquímico e cabalístico, pois a Estrela-guia (seis pontas) do Reis Magos representa o Selo de Salomão, isto é, o próprio símbolo solar, sendo:
* O triângulo superior = enxofre = o Fogo;
* O triângulo inferior = mercúrio = a Água;
Perante a isso, o Cristo nasce no estábulo de nosso próprio corpo dentro do qual temos as paixões inferiores, gradualmente, Ele vai “crescendo”, vai-se desenvolvendo internamente à medida que elimina em si mesmo os elementos indesejáveis (“mercúrio seco”, “enxofre venenoso”, ...) que levamos dentro de nós – a força do Logos atuando internamente no homem purifica-o ao longo do tempo ou reencarnações.
Já, os Três Reis Magos que vieram adorar o Menino, também simbolizam as cores desta Grande Obra, elas são:
Devemos entender o Cristo tal qual é, não apenas como uma pessoa, como um indivíduo. O Cristo está mais além da Personalidade, do Eu e da Individualidade. Pois, Cristo em esoterismo autêntico é o Logos, o Logos Solar (Sol-Deus) representado pelo Sol. Agora compreendemos porque os incas adoravam o Sol, os Nahuas lhe rendiam culto, os Maias, os Egípcios, os Hindus, etc. Não se trata da uma mera adoração do Sol físico, mas ao que se oculta atrás deste símbolo físico; obviamente, adorava-se o Logos Solar, o Segundo Logos (bastante citado pela Doutrina Secreta). Este Logos Solar é unidade múltipla perfeita, tal variedade é a unidade por trás de todas as coisas. No mundo do Cristo Cósmico a individualidade separada não existe; no Senhor somos todos Um; somos todos João; ali todos somos Buda. Porquanto, no mundo do Logos não existe individualidade separada, ou seja, não há a falsa noção de separação (Ego). Não existe o Eu + o Outro, porém uma só Coisa.
Em outras palavras, Jesus de Nazaré, como homem – ou melhor dizendo, Jeshua – recebeu a iniciação Venusta, encarnou o Cristo, mas não é o único a ter recebido tal iniciação (Hermes Trimegisto, João Batista, etc.) que consegue a encarnação do Cristo Cósmico em si mesmo, dentro de sua própria natureza.
Ademais, a cidade de Belém representa o mundo interior do homem, precisamente nesse estábulo interior moram os animais do desejo, as paixões, os vícios, todos os “Eus” passionais que habitam nossa psique que devem ser eliminados por esse Fogo Sagrado, advindo da Iniciação Venusta – a força cristica deve realizar a Grande Obra dentro de nós. Todo simbolismo relacionado com o nascimento de Jesus é alquímico e cabalístico, pois a Estrela-guia (seis pontas) do Reis Magos representa o Selo de Salomão, isto é, o próprio símbolo solar, sendo:
* O triângulo superior = enxofre = o Fogo;
* O triângulo inferior = mercúrio = a Água;
Perante a isso, o Cristo nasce no estábulo de nosso próprio corpo dentro do qual temos as paixões inferiores, gradualmente, Ele vai “crescendo”, vai-se desenvolvendo internamente à medida que elimina em si mesmo os elementos indesejáveis (“mercúrio seco”, “enxofre venenoso”, ...) que levamos dentro de nós – a força do Logos atuando internamente no homem purifica-o ao longo do tempo ou reencarnações.
Já, os Três Reis Magos que vieram adorar o Menino, também simbolizam as cores desta Grande Obra, elas são:
* O Negro = primeira cor = simboliza o Corvo = o primeiro Rei Mago de cor negra;
* O Branco = segunda cor = simboliza a Pomba = o segundo Rei Mago de cor branca;
* O Amarelo = terceira cor = simboliza a Águia = o terceiro Rei Mago de cor amarela;
Respectivamente, os Magos mostram-nos a morte de nossos desejos na dimensão Astral; a desintegração dos Eus do Mundo Astral; o aperfeiçoamento do Corpo Astral e, finalmente a coroação da Obra simboliza pela cor Púrpura (quarta cor) – o triunfo dos Reis sobre os aspectos ou sentimento inferiores.
Enquanto, o simbolismo da Via-Crucis revela todo esse Drama Cósmico em que as multidões ou “Eus internos” pedem a crucificação do Senhor, ontem e hoje! Quanto aos Três Traidores:
* Judas = “o demônio do desejo” = “o beijo da traição” = troca o Cristo Íntimo pelas coisas materiais (30 moedas de prata, 3 + 0 = 3 que faz alusão à matéria);
* Pilatos = “o demônio da mente” = “lava as mãos” = justificação dos defeitos psicológicos (nunca temos culpa de nada) = falsa perfeição ignota (pura);
* Caifás = “o demônio da Má Vontade” = o Sacerdote nomeado por Cristo, o guia que se corrompe e vende os Sacramentos;
Caifás representa a pior traição do Cristo Interno: a prostituição do Altar pelos Mestres, Iniciados, Religiões, até mesmo grupos esotéricos! Estes 3 traidores levam o Cristo Interno ao suplicio – este é o Drama Cósmico vivido interiormente por todos nós (Eus versus Cristo). A fuga para o Egito, a perseguição de Herodes, são “totalmente simbólicas”, porque a “degola dos inocentes” revelam um pressuposto alquímico em que todo Iniciado tem de passar pela decapitação purificativa (degola do Ego). O caminhar do Mestre sobre as águas faz ver aqueles que não querem ver, abrir o ouvido daqueles que não querem ouvir, isto é, ensina o homem a ver-escutar a palavra Íntima. O ato de limpar os leprosos alude a própria limpeza do homem do Eu pluralizado, a cura dos paralíticos evoca a possibilidade humana de se percorrer a Senda da Auto-Realização. Sinteticamente, o homem precisa passar por Três Purificações (Três Cravos da Cruz) “à base de ferro e fogo”, pois a inscrição INRI significa Fogo – a Ressurreição que converte a humanidade num Deus-Homem (Hierofante).
Observa-se que a Bíblia, o corpo da doutrina, está escrita em forma de chaves. Logo, a História do Natal, o Nascimento de Jesus, a presença de Cristo entre nós precisa ser decodificada através da alquimia, da cabala, etc. Então, é necessário “abrir” o Talmud (alma da doutrina judaica), o Zohar (o espírito da doutrina, a Cabala dos rabinos). Para sabermos sobre o mistério de Cristo temos que estudar a Árvore da Vida e, decodifica-Lo naquilo que nos é dado saber!
Concluí-se, com as palavras de Jean Chevalier mais Alain Gheerbrant, presentes no Dicionário de Símbolos, em que os escritores alegam não pretender atacar a tese da realidade histórica do Cristo, nem tão pouca a da realidade dogmática do Verbo encarnado (Logos vivificado). Porém, ao contrário, baseando-se nessas realidades, muitos autores viram no Cristo a sínteses dos símbolos fundamentais do universo: o céu e a terra, por suas duas naturezas – divina e humana; o ar e o fogo, por sua ascensão e sua descida aos infernos; o túmulo e a ressurreição; a Cruz, o Livro da mensagem evangélica, o eixo e o centro do mundo, o Cordeiro do sacrifício, o Rei pantocrátor senhor do universo, a montanha do mundo no Gólgota, a Escada da salvação; todos os símbolos da verticalidade, da luz, do centro, do eixo etc. (CHAS, 444s). A arquitetura das igrejas – sendo a igreja a imagem e o lugar do Cristo, bem como o mundo religioso – reproduz também um síntese de símbolos. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. O Cristo goza desse privilégio único: o de identificar ao mesmo tempo o mediador e os dois termos a serem unidos. Ao dar ao símbolo toda a sua força histórica, toda a sua realidade a um só tempo ontológico e significante, pode-se dizer o Cristo é para a Cristandade o rei dos símbolos.
Finalizando, ao inverso, quando se considera a face noturna do símbolo, por seu calvário, sua agonia e sua crucificação, ele representa as conseqüências do pecado, das paixões, da perversão da natureza humana. E para as consciências que não admitem essas noções de pecado, de piedade ou de sacrifício, ele encarna o desprezo pela natureza e por seus arrebatamentos. Ele é o anti-Dioniso. Volta contra si mesmo todos os valores humanos. O que ele se tornou, na interpretação da Igreja, escreve Nietzsche no Anticristo, opõe-se a tudo o que há de bom na vida: Tudo o que exalta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder, e o próprio poder. Enfim, a simbologia do Natal funde-se ou confunde-se com o Jesus Cristo simbólico, cabendo a cada um de nós descobrir as chaves que abrem as portas do conhecimento cristico que reside no interior de todos os homens.
* Pilatos = “o demônio da mente” = “lava as mãos” = justificação dos defeitos psicológicos (nunca temos culpa de nada) = falsa perfeição ignota (pura);
* Caifás = “o demônio da Má Vontade” = o Sacerdote nomeado por Cristo, o guia que se corrompe e vende os Sacramentos;
Caifás representa a pior traição do Cristo Interno: a prostituição do Altar pelos Mestres, Iniciados, Religiões, até mesmo grupos esotéricos! Estes 3 traidores levam o Cristo Interno ao suplicio – este é o Drama Cósmico vivido interiormente por todos nós (Eus versus Cristo). A fuga para o Egito, a perseguição de Herodes, são “totalmente simbólicas”, porque a “degola dos inocentes” revelam um pressuposto alquímico em que todo Iniciado tem de passar pela decapitação purificativa (degola do Ego). O caminhar do Mestre sobre as águas faz ver aqueles que não querem ver, abrir o ouvido daqueles que não querem ouvir, isto é, ensina o homem a ver-escutar a palavra Íntima. O ato de limpar os leprosos alude a própria limpeza do homem do Eu pluralizado, a cura dos paralíticos evoca a possibilidade humana de se percorrer a Senda da Auto-Realização. Sinteticamente, o homem precisa passar por Três Purificações (Três Cravos da Cruz) “à base de ferro e fogo”, pois a inscrição INRI significa Fogo – a Ressurreição que converte a humanidade num Deus-Homem (Hierofante).
Observa-se que a Bíblia, o corpo da doutrina, está escrita em forma de chaves. Logo, a História do Natal, o Nascimento de Jesus, a presença de Cristo entre nós precisa ser decodificada através da alquimia, da cabala, etc. Então, é necessário “abrir” o Talmud (alma da doutrina judaica), o Zohar (o espírito da doutrina, a Cabala dos rabinos). Para sabermos sobre o mistério de Cristo temos que estudar a Árvore da Vida e, decodifica-Lo naquilo que nos é dado saber!
Concluí-se, com as palavras de Jean Chevalier mais Alain Gheerbrant, presentes no Dicionário de Símbolos, em que os escritores alegam não pretender atacar a tese da realidade histórica do Cristo, nem tão pouca a da realidade dogmática do Verbo encarnado (Logos vivificado). Porém, ao contrário, baseando-se nessas realidades, muitos autores viram no Cristo a sínteses dos símbolos fundamentais do universo: o céu e a terra, por suas duas naturezas – divina e humana; o ar e o fogo, por sua ascensão e sua descida aos infernos; o túmulo e a ressurreição; a Cruz, o Livro da mensagem evangélica, o eixo e o centro do mundo, o Cordeiro do sacrifício, o Rei pantocrátor senhor do universo, a montanha do mundo no Gólgota, a Escada da salvação; todos os símbolos da verticalidade, da luz, do centro, do eixo etc. (CHAS, 444s). A arquitetura das igrejas – sendo a igreja a imagem e o lugar do Cristo, bem como o mundo religioso – reproduz também um síntese de símbolos. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. O Cristo goza desse privilégio único: o de identificar ao mesmo tempo o mediador e os dois termos a serem unidos. Ao dar ao símbolo toda a sua força histórica, toda a sua realidade a um só tempo ontológico e significante, pode-se dizer o Cristo é para a Cristandade o rei dos símbolos.
Finalizando, ao inverso, quando se considera a face noturna do símbolo, por seu calvário, sua agonia e sua crucificação, ele representa as conseqüências do pecado, das paixões, da perversão da natureza humana. E para as consciências que não admitem essas noções de pecado, de piedade ou de sacrifício, ele encarna o desprezo pela natureza e por seus arrebatamentos. Ele é o anti-Dioniso. Volta contra si mesmo todos os valores humanos. O que ele se tornou, na interpretação da Igreja, escreve Nietzsche no Anticristo, opõe-se a tudo o que há de bom na vida: Tudo o que exalta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder, e o próprio poder. Enfim, a simbologia do Natal funde-se ou confunde-se com o Jesus Cristo simbólico, cabendo a cada um de nós descobrir as chaves que abrem as portas do conhecimento cristico que reside no interior de todos os homens.
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