Retomando, as palavras de Antoine Faivre (diretor de estudos na École Pratique des Hautes Études) sobre a "fragilidade" do contéudo léxico do termo "esoterismo", pois eso significa "dentro" e ter evoca uma oposição. Como qualquer termo por si só bastante vazio de sentido, este revelou-se passível de ser inchado, permeável, semanticamente superdeterminável.
Daí não se tratar de interrogar sua etimologia, mas sua função, que é evocar um feixe de atitudes e esses discursos permitem que o observador - o estudioso de esoterismo - circunscreva um campo de estudos possível.
Para Fraive trata-se sobretudo de não partir do que seria esoterismo "em si": decerto não existe nada disso. Não é nem mesmo um campo no sentido de que se fala do campo da pintura, da filosofia, da química. Mais do que um gênero específico, é uma forma de pensamento cuja natureza se trata delimitar com base nas correntes que a ilustram.
Portanto, Faivre lança a seguinte pergunta: Qual o papel do esoterismo em nossa sociedades ocidentais, em nosso cotidiano repleto de símbolos e signos? É que o pretende responder em sua obra: O Esoterismo, cabendo ao estudante de esoterismo pesquisar sobre as correntes esotéricas modernas advindas da alquimia, astrologia e magia (vertentes esotéricas básicas).
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